Homem em Catarse / Mostra de Rig

18-11-2022

CM #54

Nasceu em Barcelos e mora há sete em Braga. Começou a estudar guitarra clássica aos 14 anos. Quando em 2004 integra a formação do coletivo indignu assume o pseudónimo Afonso Dorido, devido ao fascínio que tem pela obra poética heterónima de Fernando Pessoa. Aficionado pela escrita, tem, por exemplo, no seu currículo, a participação em “O sol é secreto”, o livro que celebra a obra de Eugénio de Andrade.

Além de indignu, que já o levou a pisar os maiores palcos em Portugal e fora do país, tem novo disco a estrear este ano, tem marcado os seus passos no mundo da música com Homem em Catarse, “poesia embrulhada em dedilhados atmosféricos.” Em 2017, lançou o EP Viagem interior, homenagem ao país esquecido e a sua gente, com 17 temas referentes a 17 locais do país distintos. No ano seguinte gravou nos Jardins do Museu Nogueira da Silva em Braga o primeiro disco ao vivo e em 2020 saiu Sem palavras, Cem palavras, baseado num poema de cem palavras que resultou num disco instrumental, imagine-se, sem palavras.

Há muito mais. Em 2019, Afonso Dorido participou numa residência artística em clausura no farol do cabo de São Vicente em Sagres e compôs uma banda sonora para um mini-filme sobre a vida de um faroleiro. Noutra residência, compôs um tema para o Festival Fazunchar em Figueiró dos Vinhos. Durante o confinamento, aprendeu a tocar piano com o apoio do gnration em Braga, voltou a compor em residência e saiu mais um disco. Sete Fontes, foi apresentado em Abril de 2021, numa peça visual em parceria com o artista multi-disciplinar Francisco Oliveira. Figurou como um dos melhores discos portugueses de 2021, na imprensa nacional.

A juntar-se, é regularmente convidado para escrever e colaborar com diversas bandas e músicos a solo. Como se também ele tivesse os seus heterónimos.

 

 

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